A Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar) emitiu alerta aos banhistas após o aparecimento de caravelas-portuguesas em praias de Salvador. O fenômeno, mais comum entre abril e junho, tem ocorrido fora do período habitual por causa das chuvas frequentes e da influência de frentes frias na costa da capital baiana.

A sinalização é feita por meio da bandeira roxa, padrão nacional definido pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), que indica a presença de animais marinhos que oferecem risco à saúde.

Segundo a Salvamar, 10 pessoas sofreram queimaduras nos últimos três dias após contato com caravelas-portuguesas. No acumulado de 2025, já são 14 ocorrências registradas.

O coordenador da Salvamar, Kailani Dantas, afirmou que a quantidade de animais observada surpreendeu as equipes.
“Estamos no verão, período em que esse tipo de ocorrência é incomum. No entanto, frentes frias conseguem empurrar as caravelas para a costa, o que explica a situação atual”, explicou.

As caravelas-portuguesas não possuem capacidade de natação e são levadas pelo vento e pelas correntes marinhas. Dantas reforça que, ao identificar a bandeira roxa ou a presença desses animais na areia, a orientação é evitar o banho de mar e manter distância.

O contato com a pele provoca a liberação de toxinas, causando dor intensa e queimaduras, que podem ser graves. O veneno é semelhante ao da aranha viúva-negra e pode resultar em lesões profundas e cicatrizes permanentes.

Arquivo pessoal/Rafael Ferreira

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A espécie recebe esse nome pela semelhança com as embarcações portuguesas da época dos descobrimentos. Seu deslocamento ocorre por meio de uma vesícula gasosa que pode ultrapassar 15 centímetros acima da superfície da água, funcionando como uma vela natural.

O que fazer em caso de acidente:

• Não lave o local com água doce;

• Use apenas água do mar;

• Retire os tentáculos com cuidado;

• Aplique vinagre para inativar as toxinas;

• Utilize compressas frias;

• Procure atendimento médico em casos mais graves.

A Salvamar reforça que seguir a sinalização e as orientações dos salva-vidas é fundamental para garantir a segurança nas praias da capital.