Um grupo de cinco ex-funcionários, incluindo um ex-executivo da gigante da tecnologia Samsung, teve a prisão decretada na Coreia do Sul, na terça-feira (23). Os suspeitos são acusados de terem vazado segredos industriais relacionados à produção de chips de memória RAM para uma empresa chinesa.

Segundo informações, a espionagem teria iniciado em 2016 e envolve a empresa ChangXin Memory Technologies (CXMT). De acordo com o Ministério Público do Distrito Central de Seul, capital da Coréia, cinco pessoas foram presas sob suspeita de violar a Lei de Proteção da Tecnologia Industrial, incluindo o antigo executivo da Samsung, que posteriormente foi contratado pela empresa chinesa.  Outras cinco pessoas também foram processadas, mas responderão ao processo em liberdade.

Investigação

Os funcionários são acusados de compartilharem segredos relacionados à produção de uma tecnologia de memória DRAM de 10 nanômetros, desenvolvida de forma pioneira pela Samsung, que foi a primeira empresa a iniciar a produção em massa desse componente. 

A investigação aponta que o vazamento incluiu informações sobre centenas de etapas do processo de produção, permitindo que a empresa chinesa também fabricasse o chip em 2023.  Com isso, a CXMT se tornou a primeira na China e a quarta no mundo a produzir esse tipo de memória.

Prejuízo bilionário

O roubo de informações teria causado prejuízos de trilhões de wons à Samsung. De acordo com as autoridades sul-coreanas, a marca registrou uma queda de 5 trilhões de wons nas vendas apenas em 2024, valor que pode ultrapassar os 19 bilhões de reais na cotação atual.