A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorização para a internação nesta quarta-feira (24) e a realização de cirurgia na quinta-feira (25), feriado de Natal, no hospital DF Star, em Brasília.
Bolsonaro será submetido a um procedimento para correção de duas hérnias inguinais. O pedido inclui a indicação de Michelle Bolsonaro como acompanhante principal, além dos filhos Flávio e Carlos Bolsonaro como acompanhantes secundários. A autorização depende de decisão do STF.
O procedimento já havia sido liberado por Moraes após perícia da Polícia Federal confirmar a necessidade da cirurgia. O ministro, no entanto, exigiu a apresentação de um cronograma com as datas, que foi entregue nesta terça-feira (23), após Bolsonaro cancelar uma entrevista por motivos de saúde.
Na mesma decisão, Moraes negou o pedido de conversão da pena em prisão domiciliar, destacando que o benefício é previsto apenas para condenados em regime aberto.
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro, após danificar a tornozeleira eletrônica. Ele cumpre pena de 27 anos e três meses no processo relacionado à trama golpista.
Laudo médico
Perícia do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal apontou que o ex-presidente apresenta hérnia inguinal bilateral. Segundo os peritos, o procedimento é eletivo, sem caráter de urgência, mas deve ser realizado o quanto antes devido à piora do quadro e ao risco de complicações.
Exames feitos em agosto não indicavam hérnias. Em novembro, foi identificada a condição em um dos lados, e, em dezembro, exames confirmaram o comprometimento bilateral. Apesar de relatar dor, desconforto e dificuldades para dormir, Bolsonaro não apresenta complicações graves, segundo o laudo.
