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Oficiais de Justiça tentaram localizar liquidante do Banco Master antes do Natal

Eduardo Félix Bianchini pode ser intimado em meio às disputas jurídicas do banco

Por: Redação

29/12/202516:00

Dois oficiais de Justiça teriam comparecido à sede do Banco Master, em São Paulo, antes do feriado de Natal, para tentar localizar o liquidante da instituição, Eduardo Félix Bianchini, segundo informações da Folha de S. Paulo. Bianchini, que é servidor aposentado do Banco Central (BCB) e foi nomeado pelo própria instituição para conduzir a liquidação do banco, não foi encontrado, pois estava fora da capital paulista com a família.

Foto Oficiais de Justiça tentaram localizar liquidante do Banco Master antes do Natal
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, negou que tenha determinado o envio de oficiais para intimar o liquidante. Ainda assim, a movimentação aumentou a expectativa de que Bianchini possa ser convocado a prestar esclarecimentos nos próximos dias, no contexto das disputas jurídicas envolvendo a liquidação do banco.

O liquidante tem acesso a contratos e registros de pagamentos do banco, incluindo transações com prestadores de serviços e escritórios de advocacia. Ele também passou a ser foco da defesa de Daniel Vorcaro, controlador da instituição, que tenta reverter a liquidação por meio de ações no STF e no Tribunal de Contas da União (TCU). Os advogados de Vorcaro afirmam que o Banco Central teria utilizado Bianchini para obter informações internas do banco após a decretação da liquidação.



Audiência agendada

 

No STF, Toffoli determinou a realização de uma acareação entre Vorcaro e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), com a participação de um diretor do Banco Central. A audiência está marcada para terça-feira, 30 de dezembro.

Além disso, o ministro do TCU, Jhonatan de Jesus, solicitou esclarecimentos ao Banco Central sobre possíveis indícios de precipitação na liquidação do Master. O processo que trata do tema tramita sob sigilo, e especialistas consideram incomum a atuação conjunta de STF e TCU em casos desse tipo.