O cantor Edson Gomes protagonizou um dos momentos mais marcantes do Festival Virada Salvador ao subir pela primeira vez ao palco do evento e ser recebido por um coro afinado do público, que cantou 100% do repertório do início ao fim. A apresentação foi marcada por forte emoção, sensação de pertencimento e pela identificação coletiva com letras que atravessam gerações e mantêm viva a crítica social característica do artista.

Logo após o show, Edson destacou o impacto da experiência e classificou o momento como histórico.

“Foi um momento histórico. Ver o público tomando as músicas para si mostra a força de um trabalho feito com resistência, identidade e consciência social.”

Público transforma show em ato de representação coletiva

Segundo o artista, a resposta do público baiano foi um sinal claro de vitória não apenas pessoal, mas também simbólica. Ao integrar uma grade formada exclusivamente por artistas da Bahia, Edson celebrou a visibilidade conquistada e afirmou que o espaço representa o reconhecimento de um caminho trilhado com insistência e fidelidade ao propósito musical.

Durante a coletiva, o cantor reforçou que sua obra dialoga diretamente com o público porque vai além do entretenimento. Para ele, a música precisa edificar, provocar reflexão e estimular consciência, o que explica a forte conexão criada com quem acompanhava o show, cantando cada verso em uníssono.

Marcos Flávio / Portal Esfera

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Resistência, carreira e futuro nos grandes palcos

Questionado sobre comentários que apontam um suposto fim de carreira, Edson Gomes foi direto ao afirmar que segue ativo, saudável e motivado. O cantor ressaltou que continuará cantando enquanto tiver forças, mantendo viva a música de resistência que marca sua trajetória. Ele também citou a confirmação de apresentações futuras em grandes festivais como prova de que seu trabalho segue relevante e atual.

Ao comentar sobre o cenário político e social abordado em suas letras, o artista afirmou que suas músicas continuam atuais porque retratam problemas estruturais que sempre existiram, mas que hoje estão mais visíveis para a sociedade. Para Edson, o aumento da percepção coletiva sobre corrupção e desigualdade reforça o papel da música como instrumento de denúncia e conscientização.

Encerrando a coletiva com bom humor e disposição, Edson Gomes deixou claro que o Festival Virada Salvador não foi apenas mais um show, mas um marco em sua história com o público baiano, consolidando sua presença como símbolo de identidade, resistência e representação popular.