Após uma série de tweets polêmicos em apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a rapper Nicki Minaj surpreendeu ao participar do AmericaFest, evento organizado pelo grupo conservador Turning Point USA. Em meio a falas preconceituosas, ela confirmou seu posicionamento favorável ao movimento MAGA (Make America Great Again), além de reiterar afirmações transfóbicas. 

Com apresentação de Erika Kirk, viúva do ativista conservador Charlie Kirk, morto em setembro, a participação da rapper foi anunciada de surpresa. Nicki deixou claro seu apoio público a Donald Trump, além do vice-presidente dos EUA, JD Vance.

“Tenho o maior respeito e admiração pelo nosso presidente. Nem sei se ele sabe disso. Mas ele deu esperança a tantas pessoas de que existe uma chance de derrotar os bandidos. De vencer. E de fazer isso de cabeça erguida e com a integridade intacta”, disse.

Além dos acenos a Trump, Minaj voltou a falar sobre a série de tweets transfóbicos publicados na última semana em sua conta, onde criticou as políticas de inclusão da população trans pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom. A pedido de Erika, a rapper reiterou o preconceito sobre o tema: “Seja homem! Seja homem, pois não há nada de errado em ser homem. Quão profético é isso?”, afirmou. 

Confira o momento:

Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Posicionamentos polêmicos

A mudança de postura de Nicki Minaj surpreendeu o público. A rapper que tem sua fanbase composta principalmente por pessoas LGBTIQIA+ sempre teve posicionamentos alinhados ao campo progressista.

Em 2019, chegou a cancelar um show na cidade de Jidá, no oeste da Arábia Saudita, após tomar conhecimento da política de perseguição a populações vulneráveis que ocorria na região. 

“Embora não queira nada a mais que levar meu show aos meus fãs na Arábia Saudita, depois de me informar melhor sobre esses temas, eu acho importante pra mim deixar claro meu apoio aos direitos das mulheres, à comunidade LGBTQ e à liberdade de expressão”, afirmou.

Foto: Reprodução/YouTube

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No entanto, a rapper começou a publicar falas problemáticas em suas redes com frequência. No período da pandemia de Covid-19, chegou a questionar a vacinação, afirmando que seu primo havia tido efeitos colaterais após tomar o imunizante. 

Mas, em 2025, Minaj deixou ainda mais claro seus posicionamentos alinhados ao conservadorismo, chegando a seguir o presidente Donald Trump nas redes sociais, no início de dezembro.

“Hipocrisia nas falas”

As falas preconceituosas de Nicki têm causado aborrecimento entre os seus fãs, que apontam controvérsias. Natural de Trindade e Tobago, onde imigrou para os Estados Unidos aos cinco anos de idade, a rapper é conhecida por seus clipes provocantes e letras explícitas, em que explora, sem medo, suas experiências sexuais.

Nesse sentido, a imagem pública de Minaj contrasta com as posturas conservadoras, o que rendeu, em diversos momentos de sua carreira, ataques por grupos de direita.

Foto: Reprodução/YouTube @MTV

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Recentemente, a artista Kim Petras, que colaborou com a rapper na faixa “Alone”, comentou a polêmica em torno de Nicki. A cantora, que é uma mulher trans, retrucou Nicki, afirmando que “crianças trans são saudáveis”.