Durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (17), o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União), expôs um impasse nas negociações para a Micareta de Feira 2026. Ao tratar dos preparativos do evento, o gestor revelou dificuldades para confirmar a presença do cantor Bell Marques na abertura da festa, marcada para acontecer entre os dias 19 e 22 de novembro.

No decorrer da conversa, o prefeito explicou que a negociação envolvia uma antecipação da apresentação do artista para a quarta-feira, em função de compromissos prévios na agenda de Bell, incluindo um show em um navio. Contudo, segundo José Ronaldo, o valor solicitado pelo cantor saltou de R$ 750 mil, cachê pago na edição mais recente da micareta, para R$ 1,2 milhão, representando um aumento de cerca de 60%.

Diante do pedido, o prefeito adotou um tom duro ao comentar a proposta. “Não tem ‘fi de Deus’ que faça eu assinar um pagamento desse”, afirmou. Em seguida, reforçou que respeita os artistas, mas que não considera razoável assumir um cachê desse porte, independentemente do nome envolvido. “Pode ser o maior cantor do planeta Terra, eu não assino”, completou, descartando a contratação nos moldes apresentados.

Impasse nas negociações da Micareta

Ao detalhar o episódio, José Ronaldo deixou claro que a decisão está relacionada à responsabilidade com os recursos públicos e à necessidade de equilíbrio financeiro na organização da Micareta de Feira, considerada o primeiro carnaval fora de época do Brasil. Segundo ele, o aumento inviabilizou qualquer avanço no acordo específico com Bell Marques.

Novas atrações em negociação

Apesar do impasse, o gestor garantiu que as articulações seguem em andamento para definir a programação da festa. “Estamos fazendo novos contatos para poder anunciar, daqui até 15 dias no máximo, algumas atrações que a gente quer trazer para a micareta”, afirmou, sinalizando que a grade artística do evento ainda está em construção.